Pesquisar este blog

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Game Innovation Database

Site muito legal que mostra a quais games são atribuídas as grandes inovações da indústria.

Game Innovation Database

A Detailed Cross-Examination of Yesterday and Today's Best-Selling Platform Games

Excelente análise do jornalista Daniel Boutros, do site Gamasutra, sobre os games de plataforma do passado - como Sonic The Hedgehog 2 (Mega Drive), Super Mario Brothers 3 (NES) ou Rayman (Jaguar, Saturn, PSOne, PC) -, e games mais atuais, como Sonic Adventure (Dreamcast) e Jak and Daxter (PS2).

Página 1
Página 2
Página 3
Página 4
Página 5
Página 6
Página 7
Página 8
Página 9
Página 10
Página 11
Página 12
Página 13
Página 14
Página 15
Página 16
Página 17
Página 18
Página 19
Página 20
Página 21
Página 22
Página 23
Página 24
Página 25
Página 26
Página 27
Página 28
Página 29
Página 30
Página 31

domingo, 21 de setembro de 2008

Lendas Japonesas

Boa tarde!
Como prometido, um post sobre lendas japonesas. Começo com o texto da jornalista Erica Noda, do Nihonsite. Ela fala da importância dos contos e lendas no Japão, as simbologias envolvidas, os tipos de personagens, a importância delas no Brasil e outras coisas bem interessantes.

Mukashi Banashi
"Há muito, muito tempo, num lugar distante..." Assim começam diversos contos e lendas japonesas, narradas oralmente de geração para geração, há muitos anos. Conhecidas como mukashi-banashi (ou histórias antigas), elas contam histórias de pessoas simples, com temores e desejos, que guardam a esperança de uma vida melhor e buscam a descoberta interior.

Simbologias
Ricos em simbologias e mistérios, os contos japoneses receberam grande influência do budismo e xintoísmo, religião presente na origem da mitologia japonesa. Daí vem a crença de que todos os elementos da natureza possuem um kami, uma alma, uma divindade, que não é exatamente o que os ocidentais entendem por Deus. Nos contos, o nascimento de um herói sempre se dá de forma milagrosa, às vezes ele nasce dos elementos da própria natureza. Assim como a natureza, existem outros elementos e personagens que freqüentemente aparecem nos contos japoneses.

Os personagens
O mal, por exemplo, é representado pelo Oni, um demônio ou monstro, que ameaça a tranqüilidade dos humanos. As fadas, típicas dos contos de origem européia, são substituídas por uma força mágica ou por seres sobrenaturais que trazem mensagens positivas e recompensas. Há forte presença também de personagens idosos nas lendas, o ojissan e a obaassan (o velhinho e a velhinha). As bruxas aparecem mais como um espírito da floresta, a Yamauba.

E no Brasil?
Embora não sejam muito conhecidas no Brasil, as lendas e contos japoneses são amplamente difundidos no Japão. Não há quem não conheça, por exemplo, a história Momotaro, o menino que nasceu do pêssego gigante. Talvez isso se deva ao fato de a imigração japonesa no Brasil ser bem recente e da língua japonesa ser de difícil acesso aos ocidentais. Pode ser ainda uma característica da própria cultura japonesa, que não faz muito esforço para divulgar as lendas entre outros povos.

Mukashi-banashi x Densetsu
O termo mukashi-banashi foi criado pelo etnologista Yanagita Kunio (1975-1962) para descrever o que antes se costumava chamar por diversos outros nomes: kohi (tradição oral), mindan (histórias folclóricas) e dowa (histórias de crianças). Este termo refere-se a contos folclóricos, baseados em personagens e eventos fictícios. As histórias começam com "Musashi mukashi, aru tokono ni" (Há muito tempo, num certo lugar) e terminam com "de atta to sa" (e assim foi dito), o que indica que a estória tem sido passada de narrador para narrador. Já as lendas históricas, com tempo e personagens específicos e que, acredita-se, realmente aconteceram, são chamados de densetsu. Apesar das diferenças de simbologias e mitos, todos os povos têm seus contos folclóricos, seus deuses e mitos, que influenciam na formação do ser. Os histórias narradas aqui são bastante antigas e conhecidas por todo o povo japonês, há muitos anos. Cada um pode ler e a seu modo, conforme seu tempo e aprender a sua maneira.
Colaboradora: Jornalista Erica Noda
Adaptações dos livros: Contos e lendas do Japão, Lúcia Hiratsuka Once upon a time in Japan, Sayumi Kawauchi e Ralph R. McCarty The legends of Tono, Yanagita Kunio

Fonte

Outras lendas japonesas:
Issum Boshi
Tanabata

Kaguya Hime
O Agradecimento da Cegonha (Tsuru-No-Ongaeshi)
Chorou O Oni Vermelho (Naita Aka-Oni)
Raposa Gon (Gongitsune)
Comporas das Luvas
Mais lendas japonesas

Momotaro - A Lenda


Bom dia!


Acho que ficar falando que o projeto usa como tema uma lenda e não falar sobre a lenda é meio estranho, não? (n_n)

Bom, a lenda possui várias traduções em português.

A versão do Nihonsite prima pela edição, pela qualidade do site e por ter sido escrita por uma jornalista. Tem alguns errinhos de digitação, mas nada demais...

Já a versão do P-dacinho do Japão Home Page foi a utilizada para ilustrar o livro infantil que a aluna Larissa Kertscher e eu fizemos para a disciplina Expressão Gráfica IV em 2006. Esta tem uns errinhos de ortografia, mas deixa claro que Momotaro significa menino-pêssego, dá nome à ilha dos monstros – Onigashima –, e deixa claro que Momotaro era bem forte.

Uma grande diferença entre as duas é que na primeira Momotaro se encontra com um paisão, além de dois outros animais: um cão e um macaco. Porém na segunda, ele se encontra com um papagaio.

A Wikipedia original diz ter a versão mais atual, além de um trecho da lenda não mais utlizado por envolver cenas não muito próprias pra menores e algumas curiosidades. É uma ótima referência.

Que dúvida cruel, não? (p_q)

Apesar de tudo, estou quase escolhendo a segunda, por ser mais completa. Mas mesmo assim, vou passar a bola pra Denise! (^o^)


Sem mais demora, as lendas (com algum edit):

Momotaro (Versão do Nihonsite)
“Há muito tempo, em uma vila distante, vivia junto um casal de velhinhos. Num certo dia, o velhinho colhia gravetos de madeira na montanha e a velhinha lavava roupas no riacho. Enquanto esfregava as roupas, ela viu um pêssego enorme flutuando no rio e, com alguma dificuldade, conseguiu alcançá-lo.
Ela carregou o pêssego para casa, parando diversas vezes no caminho para descansar. O velhinho chegou em casa no final da tarde e ficou muito contente quando viu o enorme pêssego. "Que lindo pêssego, parece delicioso!", disse o velhinho. Quando se preparavam para fatiá-lo, o pêssego se mexeu. "Está vivo, está vivo", disse a velhinha.
De repente, um pequeno menino saiu de dentro do pêssego. Estarrecidos, os dois ficaram olhando e examinando. Como não tinham filhos, eles ficaram muito contentes e resolveram adotar o menino. Decidiram que seu nome seria Momotaro.
O tempo passou e, quanto mais o Momotaro crescia, mais saudável ficava. Numa certa noite, ele ouviu conversas sobre os Onis, monstros que atacavam as aldeias e assustavam os moradores locais. Ele ficou tão bravo que tomou uma decisão: iria à Ilha dos Onis para combatê-los.
A princípio, seus pais ficaram muito assustados, mas gostaram de ver a coragem do filho. Apesar do medo que sentiam, os velhinhos prepararam diversos bolinhos, os kibidangos, para Momotaro levar na viagem.
Na manhã seguinte, Momotaro partiu, levando consigo os kibidangos. No caminho, ele encontrou um cachorro. "Momotarosan, Momotarosan, por favor, dê-me um bolinho e eu irei com você enfrentar os Onis", disse o cachorro. Momotaro deu-lhe um kibidango e o cachorro partiu com ele.
Mais adiante, encontraram um macaco. "Momotarosan, Momotarosan, o que você leva neste saquinho?". "São kibidangos, os deliciosos bolinhos, os melhores do Japão"." Pode me dar um? Assim eu irei com vocês". E assim foi feito. Momotaro, o cachorro e o macaco seguiram o caminho juntos e, mais à frente, viram um faisão. Ele também pediu e ganhou um kibidango e assim seguiram em quatro.
Após uma longa jornada eles chegaram ao mar. Remaram e remaram, enquanto o faisão voava e indicava o caminho, pois o céu estava escuro e coberto de nuvens. Quando chegaram à ilha dos Onis, tudo parecia assustador, os portões do castelo eram grandes e escuros, havia névoa e o dia estava escuro.
O macaco, com toda sua agilidade, escalou o alto portão e o destrancou por dentro. Todos entraram no castelo e deram de cara com os horrendos Onis, que se levantaram e encararam os quatro. "Sou Momotaro e vim enfrentá-lo". Travou-se então uma grande luta. O faisão voava e, com seu bico afiado, feria os inimigos. O cachorro corria em volta dos Onis e lutava com dentadas, enquanto o macaco utilizava suas unhas.
Finalmente, após muita luta, Momotaro e seus companheiros derrotaram os Onis. "Nunca mais vamos invadir as aldeias e prejudicar os moradores, nós prometemos. Por favor, poupe nossas vidas", disse o chefe dos Onis.
Compreensivo e bondoso, Momotaro perdoou os Onis. Em troca, o chefe ofereceu-lhe os tesouros que eles vinham roubando das aldeias, eram moedas de ouro, pedras preciosas e outros objetos de grande valor. Momotaro retornou para casa e, quando seus pais o viram, não puderam acreditar. Ele estava salvo e carregava um grande tesouro, que foi dividido entre todos os moradores da aldeia.”
Colaboradora: Jornalista Erica Noda

Fonte

Momotaro – O Menino-Pêssego (Versão do P-dacinho do Japão Home Page)
“Há muito tempo atrás, numa cidade remota, vivia um casal de velhinhos... Eles nunca haviam tido filhos e isso deixava um grande vazio em seus corações... Todos os dias o homem juntava lenha nas montanhas e sua esposa lavava roupas na correnteza do rio...
Um dia, a mulher lavando roupas, viu um pêssego enorme boiando no rio... Então pegou aquela fruta que parecia muito saborosa e levou para casa para servir ao marido assim que ele voltasse das montanhas.
Ao final do dia, o marido chegou e ficou muito contente ao ver aquele pêssego apetitoso. Ela pegou um facão para cortar e ouviu seu marido, já com água na boca, dizer:
- Hum, deve estar suculento e saboroso!!!
Ao partir o pêssego ficaram assustados com o que encontraram: Um menino muito forte, porém doce e meigo. Achando ser um presente dos céus, o casal decidiu adotar o lindo garoto e seu nome seria: MOMOTARO (Menino-Pêssego). Momotaro cresceu forte e poderoso e já era considerado o mais forte na aldeia em que vivia.
Um dia, Momotaro ouviu falar sobre os monstros de Onigashima (Ilha do Demônio) que espalhavam medo entre a população e roubavam tudo que tinham. Então pediu autorização aos pais para que pudesse ir a Onigashima e afastar os monstros. A princípio seus pais ficaram assustados e não permitiram, mas de tanto Momotaro insistir, os pais acabaram cedendo.
Seus pais então fizeram uma trouxinha e colocaram deliciosos kibidangos (bolinhos) para que ele pudesse comer na viagem. E momotaro partiu em busca dos monstros...
Na margem da aldeia, ele encontrou um cãozinho, que lhe perguntou:
- Para onde você está indo Momotaro??? O que você carrega nesse saco???
- Eu estou indo para Onigashima!!! E aqui nessa trouxinha tem deliciosos kibidangos... Os melhores da região!!! Olha, se você me ajudar a afastar os monstros da ilha, eu te dou um, que tal???
O cãozinho com muita fome, aceitou e acompanhou Momotaro...
Mais à frente, encontraram um papagaio que também aceitou acompanhar Momotaro em troca de um kibidango. Em seguida, encontraram um macaco que também aceitou unir-se a Momotaro em troca do melhor kibidango da região.
Momotaro, o cachorro, o macaco e o papagaio pegaram um barco para ir a Onigashima...
Mas eles não conseguiam avistar a ilha, foi então que o papagaio voou até o céu e indicou a direção. Quando finalmente chegaram a Onigashima, encontraram um castelo enorme, protegido por um grande portão... Só que estava trancado, bloqueando o caminho...
O macaco então deu um salto, pulou para seu interior e abriu o portão. Eles entraram e foram caminhando... Encontraram os monstros festejando, suas fisionomias eram estranhas e estavam todos bêbados. Momotaro aproximou-se e disse:
- Eu sou Momotaro e nós estamos aqui para punir vocês por amedrontar a população de nossa cidade!!!
Os monstros então, achando graça, partiram para a luta...
Momotaro lutava com sua espada, o papagaio bicava os monstros por toda a parte, o macaco pulava em cima e o cãozinho mordia suas pernas e braços.
Como haviam comido o melhor kibidango do Japão, os animais tiveram suas forças dobradas e apesar de serem apenas quatro, lutaram por mil.
Finalmente, os monstros se renderam e o líder, sentindo-se derrotado, caiu de joelhos diante de Momotaro...
Chorando e com a cabeça baixa, o monstro falou:
- Eu prometo que nunca mais iremos amedrontar a população e vamos devolver tudo que roubamos, mas, por favor... Eu imploro, não nos matem!!!
Momotaro decidiu poupar a vida dos monstros.
Carregou todos os pertences da população até o barco e voltaram para casa festejando, devolvendo, assim, a paz às pessoas da aldeia.”

Fonte

Momotarõ (Versão da Wikipedia)
“According to the present form of the tale (dating to the Edo Period), Momotarō came to Earth inside a giant peach, which was found floating down a river by an old, childless woman who was washing clothes there. The woman and her husband discovered the child when they tried to open the peach to eat it. The child explained that he had been sent by Heaven to be their son. The couple named him Momotarō, from momo (peach) and tarō (eldest son in the family).
An older form of the story has the old, childless woman discover the giant, floating peach and take it home with her, as she finds it to be of good color and tasty-looking. After eating a piece of the peach, the old woman is suddenly rejuvenated and regains the beauty of her youth. When her old husband comes home from the hills, he is astounded to find a dazzling young lady in his house. At first he does not even recognize his own wife in her rejuvenated form, but she explains to him how she has picked up an unusual peach floating in the river and brought it home to eat it and was magically transformed. She then gives her husband a piece of the peach to eat, and he also regains his youthful vigor. That night, the newly invigorated couple make love, and the woman becomes pregnant as a result. She eventually gives birth to their first child, a son, whom they name Tarō, as that is a common Japanese name for a first son. This version of the story is the oldest one that is historically documented, but it appears to have been replaced with the sexless version in school textbooks of the Meiji period, perhaps owing to a newfound sensitivity to sexual subjects that was introduced to Japan through contacts with contemporaneous European and Euro-American cultures, and the censored textbook version rapidly supplanted the traditional tale in the general Japanese social consciousness. It is notable that the peach is often seen as a symbol of sex or fertility in Japan, as its fruit is believed to resemble a woman's buttocks.
Years later, Momotarō left his parents for an island called Onigashima to destroy the marauding oni (demons or ogres) that dwelt there. En route, Momotarō met and befriended a talking dog, monkey, and pheasant, who agreed to help him in his quest. At the island, Momotarō and his animal friends penetrated the demons' fort and beat the demons' leader, Ura, as well as his army, into surrendering. Momotarō returned home with his new friends, and his family lived comfortably from then on.
Momotarō is strongly associated with Okayama, and his tale may have its origins there. The demon island of the story is sometimes associated with Megi-jima Island (an island in the Inland Sea near Takamatsu) due to the vast manmade caverns found on that island.”

Fonte

Daqui a pouco um post sobre as lendas japonesas!
Té!

sábado, 20 de setembro de 2008

Hora de começar...

Enfim o meu blog de processo! XP

[DESCULPAS]

Depois de duas semanas apertadas, finalmente consegui o tempo necessário pra acelerar o projeto.

[/DESCULPAS]


O meu primeiro post é justamente sobre o personagem principal do game e da lenda. Depois de muitos testes, esboços, pesquisas, opiniões e etc, consegui definir o aspecto visual dele!!! /o/

Ficou um pouco diferente da versão do livro, mas acho que esta escolha atenderá melhor ao projeto do game.

Design do personagem:

- Anatomia super deformada (SD), com três cabeças de altura;
- Corpo magro, mas com alguns poucos músculos evidenciados - a própria lenda conta que ele é um menino muito forte, criando o tão recorrido contraste de heróis japoneses: pessoas de aparência frágil mas com um enorme poder interior;
- Roupas bem ao estilo de heróis aventureiros de JRPGs (Japanese Role-Playing Games), luvas de couro grandes, correias ou cintos para carregar espadas, sacos de dinheiro ou outros acessórios, além de faixas brancas;
- A roupa é larga, evidenciando bem o corpo de criança do personagem;
- O seu visual é colorido, com tons muito saturados, bem ao gosto do público infantil.
- A touca é uma representação não fiel de um pêssego, apenas sugere essa idéia mesmo. Esse tipo de touca é também comumente utilizada por otakus (no Brasil, são os fãs de animes e mangas) em festivais de animes;
- Seus tênis são grandes e chamativos, evidenciado ainda mais sua anatomia SD;
- Olhos grandes, uma das características principais do manga, além de muito brilhantes, evidenciando sua inocência e heroísmo;
- Os olhos da touca são bem grandes também, porém vermelhos e com expressão séria. Tenta passar a idéia de que o personagem, apesar de inocente e bom, terá sempre uma fardo pesado pra carregar e que está sempre sendo vigiado pelos olhos do mal.
- A ilustração foi feita à mão, depois vetorizada e finalizada no computador. Tentei fazer algo que fuja do aspecto vetorial e que se aproxime mais de pinturas digitais características de trabalhos de divulgação de games japoneses e animes. Gostei desse resultado, mas devo experimentar outros durante o semestre. Pretendo utilizar linhas mais finas e amenizar um pouco o aspecto CG (computação gráfica) 3D.


Clique na imagem para baixar o teaser em alta resolução (1024 x 768):

Teaser 01: Momotaro

É isso! Vou postar pelo menos três vezes por semana aqui no blog desenhos de concepção, referências e trabalhos finalizados.

Façam um blogador feliz: comentem!!! XD


P.S.: prometo que comentarei nos blogs de todos! :O